domingo, 18 de novembro de 2007

Divagações de quem não pode estar na Festa do Pijama...

As aparências enganam.
Tudo é relativo.
Algumas pessoas diriam que o fato de ser Patense, Patureba ou Patife obrigaria o indivíduo a estar na festa do pijama, descordo.
Os embalos de um sábado a noite no paiolão parecem, a princípio, tentadores, mas, como restará comprovado aqui as aparência enganam.

A referida Festa do Pijama que movimenta a pacata Patos de Minas é tida como uma das melhores festas do ano. O homo festiens (típico cidadão patense de meia idade que junta o seu rico dinheirinho para poder desfrutar das benesses dos rituais preparatórios para a copulação) fica ensandecido com a oportunidade de participar do ultimo grande evento festivo da cidade. Para tanto, sacrifícios são feitos; como podem querer os jovens seguidores desta seita ritualística entrar no paraíso sem antes sofrer com o apuro da travessia do mar vermelho? Chega-se a terra prometida, mas antes se sacrifica o 13° salário do pai generoso que sustenta o filho pródigo. Superados as dificuldades o paraíso é avistado, em suas terras jorram cerveja, vodkas e qualquer coisa que leve ao transe sacerdotal para a adoração das bezerras de ouro.

Parece tudo perfeito, mas, não se enganem, como todo ritual o ritual patense preparatório para a copulação segue rígidas regras. A terra prometida é dividida entre os sumos sacerdotes que ficam em seus sagrados “camarotes” nas Colinas de Golã e os demais que apesar de representarem imensa maioria não dispõem do prestígio dos primeiros tendo que se contentar com a insalubre “pista”.

Estando tudo certo os fieis entram em suas indumentárias criadas pelo Deus Morfeu para realizar seus sonhos. O pijama nada mais é do que isso um objeto para realizar sonhos (mensagem subliminar, com acentuado grau de Marketing).

Chegando ao Paiolão prometido os fieis entram em transe etílica coletiva divagando pensamentos de grande importância filosófica (“-Esse trem ta bão dimais, bebe um cadiquim”; “Vamo pula, vamo pula, vamo pula (...)”; etc.)

Cumprido todo o ritual os fieis, após horas de adoração em jejum, se dirigem para os templos que saciam os apetites carnais, alguns localizados na chamada “Rua da fome” e outros nas Avenidas Presidente Boêmio (JK) e Avenida Filho Bastardo (Marabá significa filho espúrio, nome sugestivo para uma avenida que abriga alguns bordeis e motéis).

Saciada a fome os indivíduos voltam aos seus lares tiram seus pijamas para dormirem (KKKKK, já vi falar em colocar o pijama para dormir, mas, tirar só no Brasil. Essa eu vou mandar para o José Simão – piada pronta).

No outro dia acorda-se com o belo almoço de domingo (preferencialmente um frango com maçarão) ...

Até que se comece as preparações para a próxima festa...


Abraço a todos (em especial ao Gui que não pode também estar em Patos nesse fds)...